sábado, 26 de agosto de 2017

Apresento-lhes a baronesa, de Héber Salvador de Lima

“ A baronesa continuou lá de pé, sempre com o sorriso nos lábios e quando, afinal, Carlos conseguiu controlar-se, ela avançou para ele com a mão direita estendida:

- Eu sou Catarina de Hueck Doherty, também conhecida como “a Baronesa”. Você de ser um dos nosso visitantes. Bem vindo e... Feliz Natal!”1

           
Quem poderia imaginar que uma jovem baronesa russa pudesse florescer no seio da Igreja Católica uma casa no Canadá que acolhesse a jovens de diversas origens em busca de paz e silêncio ?!

            O jesuíta Héber Salvador de Lima na obra “Apresento-lhes a baronesa” ofereceu ao público leitor brasileiro em 1985 breves notas bibliográficas sobre a vida de Catarina de Hueck Doherty (1896-1985), fundadora do Apostolado Leigo Madonna House.

            Mas quem é esta baronesa que dá tudo aos pobres ?

            O jornalista brasileiro J. C. Ismael nos conta que “Catarina de Hueck nascera na União Soviética e, durante a revolução de outubro, vira metade de sua família ser dizimada. Conseguira fugir para os Estados Unidos e, em Nova York, obtém um emprego numa lavanderia, onde permanece por pouco tempo”.2

            Através das inúmeras observações realizadas durante um período de visita a Madonna House, em Combermere – Ontario, o autor pôde dialogar com diversos membros do Apostolado e vivenciar a forma de ser daquela novidade na Igreja: trabalho e oração.
A baronesa

            Aos poucos os leitores vão descobrindo todo um contexto de entrega da baronesa ao seu amor maior, Jesus Cristo, e da forma como contempla Deus na figura do próximo; e está é tônica das casas da comunidade hoje espalhadas por diversos países, e que até alguns anos existia em Parnamirim-RN, onde tive a oportunidade de conhecer alguns bons amigos membros.

            O livro é um convite ao leitor a mergulhar na atmosfera cristã e mariana presente na baronesa e seus filhos espirituais na certeza que através da vida sustentada na simplicidade cotidiana é possível alcançar a plenitude da graça. Seu amor a Maria é traduzido em frases onde a baronesa confessa que “Maria é minha vida. Eu espero nunca ter outra, pois minha vida passou junto aos finamente trabalhos postes do portão Dela”3.

        



Referências

1 LIMA, Héber Salvado de. Apresento-lhes a baranesa. São Paulo: Edições Paulina, 1985. p.116.
2 ISMAEL, José Carlos. Thomas Merton: O apóstolo da compaixão. São Paulo: T. A. Queiroz Editor, 1984. p. 43.
3 MADONNA HOUSE. A estória de Nossa Senhora de Combermere. Ontário: Madonna House Publications, sem data. p. 5.

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