domingo, 27 de março de 2011

A Sucessão no Vaticano, de Wellington Miareli Mesquita




Um dos episódios marcantes na história da humanidade é a eleição do Papa da Igreja Católica Apostólica Romana evento milenar que atraí atenção de todos os habitantes do planeta.

É para narrar os fatos que marcaram os últimos momentos da vida do Papa João Paulo II e a atenção do mundo para a fumaça que sairia dias depois da Capela Sistina, em Roma, que o jornalista Mesquita escreveu este importante livro documentário.

Sinopse

A sucessão no Vaticano – os bastidores da morte de João Paulo II e a eleição de Bento XVI é o primeiro livro-reportagem de um jornalista brasileiro que acompanhou ao vivo todo o processo sucessório. O leitor terá acesso às principais análises feitas pelos vaticanistas italianos durante o conclave e as três votações que transformaram o cardeal alemão Joseph Ratzinger no papa Bento XVI. Wellington relata também o clima de ansiedade e devoção que tomou conta de Roma e a ânsia dos fiéis que esperavam mais de 24 horas na fila para ver o corpo do Papa em um megafuneral jamais visto e transmitido ao vivo. A obra relata os fatos de maneira objetiva e leva o leitor para dentro dos corredores e ruas do menor Estado do mundo. "A morte de João Paulo II e o conclave resgataram para a geração atual toda a riqueza de tradições que se perdem através dos séculos", diz Wellington.


O pontificado do cardeal Woytila chegava ao fim sendo um dos mais longos na história da Igreja e não ingenuamente ele havia sido eleito Papa após a breve de João Paulo I que com seu sorriso contagiava a todos. A escolha dos cardeais pelo jovem purpurado polonês significava duas coisas: mostrar ao mundo a perseguição que os católicos sofriam pelos comunistas no Leste Europeu e assegurar um governo de longo período na Igreja.

O jovem Karol, como era chamado pelos amigos na Polônia, que passara pelas atrocidades da Segunda Guerra Mundial e ocupação de seu país pelos nazistas, enfrentou a morte de seu irmão e pai, que procurava no teatro e poesia um sentido para a vida, mergulhou na noite escura de São João da Cruz para encontrar a verdadeira resposta aos seus anseios: Cristo!

Como professor universitário, filósofo, altivo na análise do papel da Igreja nos anos de Guerra Fria, expoente de uma corrente reformista na Igreja do Concílio Vaticano II, esse foi o purpurado escolhido para guiar a Igreja por quase três décadas.

O Papa João Paulo II viajou por centenas de países, abriu a Igreja para inúmeras transformações, e segundo alguns críticos enchia as praças e esvaziava as Igrejas diante do mosaico pelo qual é constituído o catolicismo romano.

Mas, anos de trabalho gerou um Papa doente e que na década de 1980 fora vítima de um atentado, e sua saúde debilitada levou sua longa caminhada a terminar em abril de 2005.

O mundo chorava a partida daquele que passou tanto tempo na cadeira de São Pedro que no imaginário de muitos demoraria a sair de cena, e logo que isto acontece não só a Igreja mas também o mundo todo começa a especular que será o 265º Papa.

Havia um cardeal entre eles da Alemanha que já havia participado de dois conclaves, que conduzira a missa no dia do enterro de João Paulo II, decano do Colégio Cardinalício e guardião da ortodoxia da Igreja: Joseph Ratzinger.


Não havia dúvidas, este foi o nome escolhido pelos cardeais, e pelo sopro do Espírito Santo, para suceder João Paulo II e escolhe como nome Bento XVI numa alusão a Bento de Núrsia pai do monarquismo ocidental e padroeiro da Europa, um continente tão longe de Deus.

O livro é envolvente e ao mesmo explicativo com suas nota de rodapé o que ajuda a quem não pertence a Igreja entender os termos utilizado pela Santa Sé naquelas ocasiões.


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